domingo, 12 de fevereiro de 2012

RELIGIÃO NAS ESCOLAS: PRÓS E CONTRAS


Embora o Brasil não tenha religião oficial, a maioria da população acredita em Jesus Cristo: 73,8% são católicos e 15,4% são evangélicos. Mas a cultura brasileira também é marcada pela influência de religiões africanas e indígenas, que cultuam os seus próprios deuses. Será que a escola é lugar para refletir sobre isso?


A Omebe (Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil) criticou o parecer do CME (Conselho Municipal de Educação) do Rio contra a implantação do ensino religioso nas escolas públicas.
No entendimento do Conselho, o esse tipo de ensino deve ficar fora do currículo escolar porque não se trata de uma “área de conhecimento específico”. 

O pastor Francisco Nery, coordenador do departamento de ensino religioso da Omebe, afirmou que decisões como a do conselho “privam o aluno da oportunidade de escolha e estabelece uma ditadura do laicismo”. 
O CME é constituído por doze conselheiros – seis do governo municipal e seis da sociedade civil. A aprovação do parecer foi por unanimidade. 
Para o Conselho, a Secretaria de Educação do Rio, antes de tomar uma decisão, deve aguardar o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de uma ação de inconstitucionalidade proposta pelo Ministério Público em relação o ensino religioso. O CEME é um órgão consultivo, mas normalmente seus pareceres são seguidos pela secretaria, ainda mais no caso deste, que foi unânime.
A reação da Igreja Católica ao parecer foi discreta (pelo menos até hoje), embora ela seja a maior beneficiária do ensino religioso no Brasil. A Arquidiocese do Rio afirmou que essa modalidade de ensino é um direito constitucional dos alunos que desejarem exercê-lo.
Dom Antônio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar da arquidiocese, disse que as escolas municipais do Rio precisam adotar o ensino religioso porque a religião, além de ser uma riqueza da cultura brasileira, proporciona ao indivíduo “uma dimensão social e pessoal”.

"Ninguém é tão sábio que nada tenha para aprender, nem tão tolo que nada tenha para ensinar" 
                                                                                                                                           (Blaise Pascal)

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